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Munique Mattos é artista cênica do som, da poesia e do movimento. Brasileira, carioca nascida em Campo Grande (RJ), desenvolve desde 2005 uma pesquisa pessoal sobre a Percussão Corporal (ou Música Corporal), uma prática que surge primeiramente como uma brincadeira da sua infância, tendo sido incentivada posteriormente pelos mestres Steven Harper e Claudia Ramalho. Concluiu a universidade em 2009 refletindo sobre a Percussão Corporal, escrevendo uma monografia de título "Dança Percussiva: Movimento, Som e Brincadeira". Neste mesmo ano desenvolveu uma pesquisa com a Cia. Arquitetura do Movimento sobre as Matrizes do Samba Carioca. Enfocou seu interesse sobre a presença de uma dança sapateada no Samba. A pesquisa foi posteriormente publicada em DVD.

Sapateadora, integrou a Cia Steven Harper de 2007 a 2012, apresentando-se com espetáculo “Combo” em cidades e estados brasileiros. Bacharel em Dança pela UFRJ e bailarina-pesquisadora do samba junto a Cia Arquitetura do Movimento de 2007-2012. Integrou a trilogia de espetáculos dirigida pela bailarina-coreógrafa Andrea Jabour- "Sala de Estar: As Cinco Peles do Samba" (2007), "Ao Samba: A Cruz, o Xis e o Esplendor" (2009) e "Arquitetura do Samba: A Dança do mestre-Sala e da Porta-Bandeira" (2010). Integrou a Cia do Ateliê coreográfico sob a direção de Regina Miranda (2008-2009) e trabalhou em musicais com a Orquestra Brasileira de Sapateado (2005/2006), Oswaldo Montenegro (2006) e Walt Disney Company (2006).

Como professora compartilha a música corporal, tendo como referênciais Steven Harper, Barbatuques, Stomp, Keith Terry, Sérgio Rocha, Lucas Ciavatta, a dança contemporânea da UFRJ e da coreógrafa Andrea Jabour. Além, da cultura popular brasileira, suas brincadeiras da infância e a mania de batucar que acredita ter herdado de seu pai. Ministrou oficinas no Projeto de Extensão Comunidança da UFRJ (2005-2008), Centro de Movimento Deborah Colker (2008), Escola de Mestre-Sala, Porta-bandeira e Porta-Estandarte (2009); Festival Panorama de Dança (2010), Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro (2010), Escola Sesc de Ensino Médio (2010), Festival Tap in Rio (2010-2011) e para a Cia da ONG Galpão Aplauso (2011) . Experimentou também como professora a modalidade DANÇA PERCUSSIVA na Escola de Dança Le plié e no Sesc Madureira.

Em 2012 foi selecionada para o evento Novos Talentos da Dança do SESI, desenvolvendo um solo pela linguagem da música corporal sob a orientação de Henrique Rodovalho. Neste mesmo ano, compôs o Movimento de Compositores Samba na Fonte, importante espaço de resistência cultural, em que além de compartilhar sambas de própria autoria, tornou-se um espaço para a pesquisa de movimento com o sapateado. Em 2015 completa mais uma formação na área das artes, interpretação na Escola Técnica de Teatro Martins Penna , onde, teve a oportunidade de montar as obras “Sobre Prisões e Janelas”(baseada em “Jogos de Massacre” de Ionesco), 2015-2; “Ensaio para Macbeth” (a partir da obra de Shakespeare), 2015-1; a comédia “No Ar!” de george Hiter, 2014-2 e “O Interrogatório” de Peter Weiss, 2014-1.

No ano de 2016-2017 é contemplada pelo edital Viva o Talento Cidade Olímpica. Compositora, faz parte do Movimento de Compositores “Samba na Fonte” e do Ponto de Cultura do Bloco carnavalesco “Tá Pirando Pirado Pirou”. Suas composições são apresentadas em suas performances artísticas de Música Corporal e Sapateado em eventos de Arte, dança e Sapateado, além de apresentados em escolas públicas e instituições artísticas. Em 2016 ingressou no "Tá PIrando Pirado Pirou" e em 2017, ficou em terceiro lugar com o Samba “Boal idéia” homenageando Augusto Boal. Em 2018, foi sagrada terceiro lugar com o Samba em homenagem à Dona Ivone Lara “Ivone Lara laraiá”na disputa de Samba no Bloco “Tá Pirando Pirado Pirou”. E também em 2018, foi contemplada campeã, com o Samba “Sol da Guanabara”, na disputa do Samba Enredo do Bloco Carnavalesco “Engata no Centro”.

Ainda em 2018, idealiza, produz e atua no projeto “Memórias do Sapateado do Samba”, uma roda de conversa e samba que ainda ofereceu uma oficina pela linguagem da Música Corporal com enfoque no Sapateado do Samba. Atualmente, compõe o Movimento de Compositores Samba na Fonte e é colaboradora e compositora do Ponto de Cultura “Tá Pirando Pirado Pirou!”, em ambos projetos apresenta o Sapateado como linguagem cênico/musical e próprias composições musicais que refletem sobre o cotidiano carioca e o sapateado.